01 jun 2020

Empréstimos Bancários

Os três especialistas entrevistados são unânimes em afirmar que o condomínio deve buscar empréstimos somente em último caso.

"A hora de pegar empréstimo é quando não houver dinheiro para pagar funcionários e contas de consumo. Ainda assim há chances de negociar com prestadores de serviço do prédio para realocar verbas. Só depois disso é que um empréstimo deve ser feito. Não enxergo ainda esse momento", opina Roberto Piernikarz, diretor sócio da administradora BBZ.


Existem empresas especializadas em empréstimo para condomínios, com linhas específicas para casos emergenciais. Taxas e negociação são variáveis. Enquanto alguns bancos exigem apresentação das contas do prédio e mais aval do síndico (o que não é recomendável, segundo Tania Goldkorn), as empresas de crédito especializadas dispensam burocracias: não exigem garantias e nem avalistas.

Momento de análise para planejar o futuro

Segundo os especialistas, de imediato, está fora de cogitação fazer grandes mudanças tecnológicas e culturais neste momento, como implantação de portaria remota, que traz redução de custos, pois necessita de planejamento, treinamento e caixa.

Para eles, esta crise pode ser vista como uma oportunidade para o síndico avaliar profundamente o condomínio, redesenhar processos e planejar ações futuras.

"Depois dessa pandemia, não seremos os mesmos: nem síndicos e nem moradores. Teremos um novo olhar para a gestão patrimonial. Sempre fui a favor de uma gestão colaborativa, onde todos têm o dever de cuidar do seu patrimônio", declara Tania Goldkorn.

E por gestão colaborativa e cuidado com o patrimônio, entenda: respeito ao próximo, regras de convivência pacificadoras, gentilezas com os funcionários e, principalmente, união para enfrentar novos desafios mantendo a contribuição e o esforço conjunto para uma nova rotina.